domingo, 30 de agosto de 2009

I ENCONTRO MOVIMENTOS SOCIAIS E UNIVERSIDADE

Caros Militantes, Estudantes e Professores,

CONVITE - 3ª CHAMADA

I ENCONTRO MOVIMENTOS SOCIAIS E UNIVERSIDADE
a crise do capital e a organização político-cultural dos movimentos sociais

De 8 a 11 de setembro de 2009
FACEDI - UECE - Itapipoca – Ceará

Organização
LUTEMOS
(Laboratório Universitário de Educação Popular, Trabalho e Movimentos Sociais),
NACE
(Núcleo de Artes Cênicas da FACEDI) e MST

Folder em anexo

Atenção! As caravanas do interior e da capital que estão se organizando rumo à Itapipoca favor informar à comissão do evento para que a mesma possa facilitar a sua melhor permanência durante o Encontro.

Recomendamos que façam com antecedência as reservas nos hotéis e as inscrições (abertas a partir da 08h00min do dia 08/09/09).

Professores, estudantes e militantes transformem a semana do evento em uma etapa de formação complementar, colocando-a em sua programação.

Favor reenviar este e-mail para outras listagens.

Caso sua instituição não tenha recebido o folder e o cartaz favor imprimir e divulgar amplamente.

comissão organizadora coletiva

Simone - MST - (88) 96286023;
Aurila – Quilombola – (88) 99023199; Valdir – LUTEMOS/FACEDI - (88) 99620893; Ana Cristina - NACE/FACEDI - (85) 86798615; Célio - LUTEMOS/FACEDI - (85) 99548642

abraço a tod@s e nos encontraremos em Itapipoca.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

"Um Exemplo de Guerreira"


Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima (Rio Branco, 8 de fevereiro de 1958) é uma política brasileira, ambientalista e pedagoga, filiada ao Partido Verde ( PV ).
Nasceu em uma colocação de seringueiras chamada Breu Velho, no seringal Bagaço, a setenta quilômetros do centro de Rio Branco, capital do Estado do Acre. Seus pais Pedro Augusto e Maria Augusta tiveram onze filhos, dos quais sobreviveram apenas oito. Cortou seringueiras junto com as irmãs e plantou roçados. Caçou, pescou e por fim ajudou o pai a quitar as dívidas com o dono do seringal. Aos quatorze anos só conhecia as quatros operações básicas de matemática, pois onde vivia não havia escola.
Formou-se em História pela Universidade Federal do Acre, em 1985. Na faculdade descobriu o marxismo e entrou para um agrupamento político semiclandestino, o Partido Revolucionário Comunista (PRC), que mais tarde seria incorporado ao PT.
Foi professora na rede de ensino de segundo grau. Engajou-se no movimento sindical. Foi companheira de luta de Chico Mendes e com ele fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre em 1985, da qual foi vice-coordenadora até 1986. Nesse ano, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e candidatou-se a deputada federal, porém não venceu a eleição.
Em 1988, elegeu-se vereadora do Município de Rio Branco, no Acre, tendo sido a vereadora mais votada e conquistando a única vaga da esquerda na Câmara Municipal. Como vereadora causou polêmica por combater os privilégios dos vereadores e devolver benefícios financeiros que os demais vereadores também recebiam, só que sem questionarem. Com isso passou a ter muitos adversários políticos, mas a admiração popular também cresceu.
Exerceu seu mandato de vereadora até 1990. Nesse ano candidatou-se a deputada estadual e obteve novamente a maior votação. Logo no primeiro ano do novo mandato descobriu-se doente: havia se contaminado com metais pesados quando ainda vivia no seringal.
Em 1994 foi eleita senadora da República, representante do Estado do Acre, pelo Partido dos Trabalhadores, com a maior votação, enfrentando uma tradição de vitória exclusiva de ex-governadores e grandes empresários do Estado.
Foi Secretária Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores, de 1995 a 1997.
Pode-se dizer que se tornou uma das principais vozes da Amazônia, tendo sido responsável por vários projetos, entre eles o de regulamentação do acesso aos recursos da biodiversidade.

PS: Atualmente deixou o PT e ingressou no PV, pois tem encontrado muita incompatibilidade de principios, devido ao novo rumo que tem tomado o partido dos trabalhadores. Nao se pode dizer de que lago ele joga hoje, se joga com o povo ou contra ele junto com a grande burguesia....

Mapa da Gripe Suína no Brasil

24/08/2009 22:56h
São Paulo é o Estado com o maior número de mortes no país em decorrência da gripe A (H1N1), com 179 óbitos confirmados. O Paraná é o segundo em número de vítimas (154), seguido pelo Rio Grande do Sul (94), Rio (49), Santa Catarina (11), Minas (8), Paraíba (2), Bahia (1), Pará (1), Rondônia (1), Mato Grosso do Sul (1), Rio Grande do Norte (1) e Amazonas (1), além do Distrito Federal (1).

Assista ao vídeo oficial do Ministério da Saúde sobre a Gripe Suína, formas de contágio, perigos e vacinas:



Como tirar antecedentes criminais do Ceará pela Internet?


Antecedentes Criminais Ceará
Veja também: Antecedentes Criminais Online de todos os Estados
No site do Governo do Ceará
Não encontramos disponível no site do Governo do Ceará qualquer referência à expedição online do atestado de antecedentes criminais (também conhecido com certidão de antecedentes, nada consta criminal ou folha corrida).
Mas há instruções em link da policia civil informando que é necessário comparecer munido de carteira de identidade nos seguintes endereços em Fortaleza: Instituto de Identificação localizado na Av. da Universidade, 3265 – Benfica, das 7h00 às 17h00, de segunda à sexta-feira. Casas do Cidadão, localizadas na Av. Barão do Rio Branco, Shopping Diogo, 2º andar e na Av. Carapinima, 2200 – Shopping Benfica, no horário de 9h00 às 18h00, de segunda à sexta-feira.
No site do Tribunal de Justiça do Ceará
Já o TJCE sai à frente de muitos Tribunais do país, disponibilizando em seu sítio na internet um serviço muito necessário.
Para gerar o documento, pode-se acessar a página do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (http://www.tjce.jus.br/), clicar em “Certidão Negativa Criminal” ou ir diretamente para: http://www4.tjce.jus.br/siscertidao e completar os dados requeridos. (Apenas serão emitidas, via internet, as certidões cujo resultado for “NADA CONSTA”.)

Antecedentes de qualquer lugar do Ceará
Informação válida para Fortaleza, Canindé , Juazeiro do Norte, Caucaia, Crateús, Quixeramobim,Sertões, Maracanaú, Aquiraz,Sobral ,Crato,Itapipoca e demais municípios do interior.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"Fim do Silêncio"



O documentário FIM DO SILÊNCIO sobre o aborto, está já em fase de finalização.Foi utilizado no filme somente os depoimentos das mulheres das três regiões (Rio, São Paulo e Recife) que falam porque e como fizeram aborto, ao invés de colocarmos o debate que estáo correndo sobre o aborto na sociedade, dentro do filme. O documentário, apenas com o relato impressionante das mulheres, já é capazde provocar um excelente debate e por si já demonstra a situação extrema de saúde pública que o aborto inseguro representa.A partir de hoje, já está com algumas cenas dodocumentário no youtube. Por favor, divulguem para seus amigos, listas, ONGs,etc, pois esta divulgação será muito importante.

Assista trechos do documentário abaixo.

UM EXEMPLO

Menino ensina o que fazer diante de um....

Em carta ao presidente do PT, Marina Silva justifica saída do partido

Depois de duas semanas de mistério, a senadora Marina Silva (PT-AC) anunciou nesta quarta-feira (19) a sua desfiliação do partido. Para justificar os motivos que a levaram a deixar o Partido dos Trabalhadores depois de 30 anos de militância, a senadora escreveu uma carta. Confira a integra do texto:

“Caro companheiro Ricardo Berzoini,

Tornou-se pública nas últimas semanas, tendo sido objeto de conversa fraterna entre nós, a reflexão política em que me encontro há algum tempo e que passou a exigir de mim definições, diante do convite do Partido Verde para uma construção programática capaz de apresentar ao Brasil um projeto nacional que expresse os conhecimentos, experiências e propostas voltados para um modelo de desenvolvimento em cujo cerne esteja a sustentabilidade ambiental, social e econômica.

O que antes era tratado em pequeno círculo de familiares, amigos e companheiros de trajetória política, foi muito ampliado pelo diálogo com lideranças e militantes do Partido dos Trabalhadores, a cujos argumentos e questionamentos me expus com lealdade e atenção. Não foi para mim um processo fácil. Ao contrário, foi intenso, profundamente marcado pela emoção e pela vinda à tona de cada momento significativo de uma trajetória de quase trinta anos, na qual ajudei a construir o sonho de um Brasil democrático, com justiça e inclusão social, com indubitáveis avanços materializados na eleição do Presidente Lula, em 2002.
Hoje lhe comunico minha decisão de deixar o Partido dos Trabalhadores. É uma decisão que exigiu de mim coragem para sair daquela que foi até agora a minha casa política e pela qual tenho tanto respeito, mas estou certa de que o faço numa inflexão necessária à coerência com o que acredito ser necessário alcançar como novo patamar de conquistas para os brasileiros e para a humanidade. Tenho certeza de que enfrentarei muitas dificuldades, mas a busca do novo, mesmo quando cercada de cuidados para não desconstituir os avanços a duras penas alcançados, nunca é isenta de riscos.

Tenho a firme convicção de que essa decisão vai ao encontro do pensamento de milhares de pessoas no Brasil e no mundo, que há muitas décadas apontam objetivamente os equívocos da concepção do desenvolvimento centrada no crescimento material a qualquer custo, com ganhos exacerbados para poucos e resultados perversos para a maioria, ao custo, principalmente para os mais pobres, da destruição de recursos naturais e da qualidade de vida.

Tive a honra de ser ministra do Meio Ambiente do governo Lula e participei de importantes conquistas, das quais poderia citar, a título de exemplo, a queda do desmatamento na Amazônia, a estruturação e fortalecimento do sistema de licenciamento ambiental, a criação de 24 milhões de hectares de unidades de conservação federal, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e do Serviço Florestal Brasileiro. Entendo, porém, que faltaram condições políticas para avançar no campo da visão estratégica, ou seja, de fazer a questão ambiental alojar-se no coração do governo e do conjunto das políticas públicas.

É evidente que a resistência a essa mudança de enfoque não é exclusiva de governos. Ela está presente nos partidos políticos em geral e em vários setores da sociedade, que reagem a sair de suas práticas insustentáveis e pressionam as estruturas públicas para mantê-las.

Uma parte das pessoas com quem dialoguei nas últimas semanas perguntou-me por que não continuar fazendo esse embate dentro do PT. E chego à conclusão de que, após 30 anos de luta socioambiental no Brasil – com importantes experiências em curso, que deveriam ganhar escala nacional, provindas de governos locais e estaduais, agências federais, academia, movimentos sociais, empresas, comunidades locais e as organizações não-governamentais – é o momento não mais de continuar fazendo o embate para convencer o partido político do qual fiz parte por quase trinta anos, mas sim o do encontro com os diferentes setores da sociedade dispostos a se assumir, inteira e claramente, como agentes da luta por um Brasil justo e sustentável, a fazer prosperar a mudança de valores e paradigmas que sinalizará um novo padrão de desenvolvimento para o País. Assim como vem sendo feito pelo próprio Partido dos Trabalhadores, desde sua origem, no que diz respeito à defesa da democracia com participação popular, da justiça social e dos direitos humanos.

Finalmente, agradeço a forma acolhedora e respeitosa com que me ouviu, estendendo a mesma gratidão a todos os militantes e dirigentes com quem dialoguei nesse período, particularmente a Aloizio Mercadante e a meus companheiros da bancada do Senado, que sempre me acolheram em todos esses momentos. E, de modo muito especial, quero me referir aos companheiros do Acre, de quem não me despedi, porque acredito firmemente que temos uma parceria indestrutível, acima de filiações partidárias. Não fiz nenhum movimento para que outros me acompanhassem na saída do PT, respeitando o espaço de exercício da cidadania política de cada militante. Não estou negando os imprescindíveis frutos das searas já plantadas, estou apenas me dispondo a continuar as semeaduras em outras searas.

Que Deus continue abençoando e guardando nossos caminhos.

Saudações fraternas,

Marina Silva”

sábado, 22 de agosto de 2009

Mensagem de Gandhi


“Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida.

A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora.

Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.

Daria a capacidade de escolher novos rumos, novos caminhos.

Deixaria, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável.

Além do pão, o trabalho.

Além do trabalho, a ação.

Além da ação o cultivo à amizade.

E, quando tudo mais faltasse, deixaria um segredo:

O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída”.

Gandhi

O dia em que o rock parou - "20 anos sem RAUL SEIXAS"




Não poderia deixar de fazer uma homenagem a esse icone da nossa musica....


Um guru, um filósofo, um roqueiro? Não! Raul Seixas, somente ele teria o direito de se julgar! Assim diria se estivesse vivo. Mas há 20 anos, completados no próximo dia 21, o baiano que revolucionou a música com suas letras inspiradas se despediu do público e da vida
Há 10 mil anos "atrás", nasceu um "menino gordinho de quatro quilos e meio" , "chamado Raulzito", "numa cidade chamada Salvador", "numa rua chamada Avenida 7", "numa casa número 108". O mesmo Raul da música, o astrólogo, maluco beleza, que fazia de suas letras um registro de sua angústia como homem. Há apenas 20 anos, aquela estrela que girava em torno de sua própria órbita na Terra, que sofria sem medidas a dor de existir, passou a habitar o espaço, onde poderia voltar ao que ele chamava de "verdadeiro lugar" do homem, deixando para trás a vida, "pequeno passeio curto num lugar doido, e de mal gosto", como definiria durante uma de suas fases mais pessimistas - mas nem por isso menos irônicas. Noutras, rejeitava não a morte física, mas a imposta pela civilização, que o obrigava a preocupar-se com a sobrevivência: "Estou cansado de morrer tão jovem/ E a resposta ainda está para chegar/ Haja paciência para ir vivendo e sobrevivendo/ Preocupar-se em sobreviver é esquecer de viver".
De toda forma, seria impossível falar de Raul Seixas sem lembrar da paranóia da morte, desde os tempos da infância, quando rabiscava em seus cadernos o medo que tinha de perder aqueles a quem amava ou quando escrevia que "a vida é um palito de fósforo que vai se queimando até se apagar para sempre". Em um pequeno bilhete lacrado, rabiscado com tinta azul, menino ainda, pediu: "só será aberto no dia que eu morrer". Para a mãe, que abriu o envelope ao lado de Sylvio Passos, presidente do Raul Rock Club, naquele 21 de agosto de 1989, Raul deixou moedas e cédulas velhas de dinheiro. Legado talvez precioso demais para suas posses de menino, porém que não chegava nem perto da herança imortal do fenômeno que ele iria se tornar. O início, o fim e o meio Junto com Waldir Serrão, que ele considerava como o primeiro rockeiro baiano, e mais alguns colegas, Seixas fundou o "Elvis Rock Club", em 1959.
Aos 16 anos, formou o primeiro grupo: os Relâmpagos do Rock. Já em 1963, tornou-se o líder do "The Panters", que passou por algumas formações e nomes, até chegar ao time com o qual lançou o 1º e único LP da banda, em 1968, seguindo os motivos do iê-iê-iê romântico do rock inglês. Acabada aquela fase do Raulzito certinho, de terno e gravata, chegava a hora de mostrar a que veio, agora com o nome de Raul Seixas. Como produtor da CBS, ele lançou o LP "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista", com Sérgio Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star, uma desatenção da empresa, que logo tiraria o lançamento do mercado. Era uma preparação, o começo para as críticas ao dinheiro, o desprezo pelo trabalho e outras coisitas mais. Depois, parcerias - como as de Paulo Coelho -, mil e uma músicas, pensamentos, crises e casamentos. Raul era como dizia de si: "escritor por excelência, ator por desejo e compositor por raiva". Em "Krig-há, bandolo!" (1973), já conhecíamos ali alguns dos hits do músico, como "Mosca na sopa", "Al Capone" e "Ouro de tolo", sem falar na "Metamorfose ambulante", canção com a qual diria mais tarde: "Attention, Raul, para não se alienar sendo apenas o compositor carismático que é Raul Seixas. Este é um personagem que eu já esgotei. Vide dica de Metamorfose Ambulante (que eu compus com 14 anos ou menos) dizendo ´Se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou´". Já nos palcos, um manifesto da Sociedade Alternativa antecipava o próximo disco, "Gita" (1974), que viria marcado por um Deus que estava em todas as coisas, levando ao público o seu conhecimento místico sobre o mundo. "Mas eu sou o amargo da língua/ a mãe, o pai e o avô/ o filho que ainda não veio/ o início, o fim e o meio". Como bem lembrou Paulo Coelho, em entrevista de 1976: "Ambos tínhamos uma porção de coisas guardadas na cuca e sentíamos a necessidade de botá-las para fora". Alternativa "Faz o que tu queres há de ser tudo da lei", "todo homem e toda uma mulher é uma estrela", as frases que hoje nos lembram Raul, com todo aquele profetismo de quem acreditava numa plena felicidade humana, vieram de sua curiosidade mística. As leituras do Bhagavad-Gita e do Book of the Law, de Aleister Crowley, lhe estimularam a anunciar: "(...) foi comprado um terreno pela Sociedade Alternativa em Paraíba do Sul, onde construiremos ´A Cidade das Estrelas´(...)". Se nada foi concretizado materialmente, sempre uma nova revolução estava no ar, nas letras de suas músicas. Em "S.O.S", por exemplo, o baiano demonstrava sua descrença com relação à humanidade, essas "formigas que trafegam sem porquê", sem tempo para pensar. Para ele, que a todo momento provava seu brilhantismo intelectual, somente o moço do disco voador poderia lhe tirar daquele universo restrito. Em "O Rebu" (1974), disco para trilha sonora de uma novela, Paulo Coelho e Raul cantavam que "a formiga só trabalha porque não sabe cantar", uma revolução do ponto de vista social para a época - plena ditadura militar. As frases bem irônicas do tipo "se subiu, tem que descer" mostravam toda a inquietação de Raul Seixas e a crença de que sempre há uma maneira de enxergar a verdade: "Quem não tem colírio usa óculos escuros". Convencido de que "cada um é o que sente ser e isso é imutável no homem", o baiano tinha naquele momento uma nova visão da Sociedade Alternativa. O disco "Novo Aeon" (1975) vinha repleto de um novo paradigma: o direito de se fazer o que se tem vontade. "Toda espécie de agrupamento na vida é uma tentativa de fortalecimento, necessidade de amparo. Medo de saber que é lindo ser diferente de todos os demais".

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Muito além do Cidadão Kane


No dia 10 de março de 1993 foi emitido no canal britânico Channel 4, um documentário intitulado "Brasil: Muito Além do Cidadão Kane". O diretor do documentário, Simon Hartog, apresenta o empresário Roberto Marinho (1904-2003) como um exemplo alarmante da concentração de poder da imprensa do Brasil — daí a referência do título à personagem de Orson Welles no filmeCidadãoKane, que por sua vez faz alusão direta ao magnata das comunicações dos Estados Unidos, William Randolph Hearst.
Como o documentário mostra, o domínio crescente da TV Globo na imprensa brasileira envolve contratos ilegais com empresas estrangeiras, um apoio incondicional aos governos ditatoriais no Brasil e tudo o que estiver a seu alcance para garantir seus interesses — o que inclui até a manipulação de debates políticos para eleger o governo, como ocorreu no caso Collor de Mello. Mais do que isso, o filme explica como funciona a política brasileira de comunicações e os critérios arbitrários pelos quais se concedem e renovam as concessões de canais de televisão e rádio.

Para ser exibido na televisão ou repoduzido em vídeo o documentário precisaria da autorização da rede Globo, uma vez que muitas imagens apresentadas eram da própria Globo. Desnecessário dizer que esse documentário nunca foi exibido na televisão. Como era de se esperar, a Globo se recusou a ceder os direitos de exibição de suas imagens.

A manipulação da grande imprensa no Brasil tem uma longa história. Grandes jornalistas já atacavam a corrupção da imprensa na Primeira República. Rui Barbosa denunciou o primeiro presidente brasileiro, Marechal Deodoro da Fonseca, por utilizar o Banco do Brasil para calar uma redação que faria denúncias de fatos sórdidos, com a quantia, na época exorbitante, de 200 contos de réis. Essa prática continuou ao longo dos anos: em diversas ocasiões o Banco do Brasil foi pressionado pelos governantes para fazer grandes empréstimos que jamais foram pagos. Nos anos 50, jornalistas influentes como Assis de Chateaubriand recebiam tais "empréstimos" com freqüência..... Mateus Silva

LINK para download Megaupload ou 2shared

Pedacinho do documentário onde Brizola e Chico Buarque são questionados sobre o Sr. Roberto Marinho....



Gripe suína causará mais óbitos do que dengue

RIO - Em apenas dois meses, a gripe suína já matou quase o mesmo número de brasileiros do que a temida dengue durante os 12 meses do ano passado. Durante a mais letal epidemia já registrada no país, em 2008, o mosquito Aedes aegypti provocou a morte de 455 pessoas. Agora, as mortes causadas pelo vírus H1N1 já seriam mais de 440. O número oficial de óbitos, divulgado pelo Ministério da Saúde, porém, ainda é de 368.

Não há referências epidemiológicas para comparar o número de mortes por dengue e pela gripe suína. O único parâmetro que ainda pode ser usado é o da magnitude dos dois casos. O infectologista Roberto Medronho disse que é preciso fazer algumas ressalvas. A dengue, durante a epidemia de 2008, não atingiu tantos estados quanto à gripe suína este ano.

- Um exemplo é o fato de que o sul do país não sofreu com a dengue. Enquanto o Rio de Janeiro, foi o mais afetado. Não há como comparar as duas epidemias a não ser pelo número total de mortes - explicou Medronho.

A gripe suína está, segundo especialistas, numa curva descendente. A Secretaria municipal de Saúde registrou uma queda de 25% na procura por atendimento. Nesta sexta, vários estados confirmaram mais mortes em decorrência do vírus H1N1. No Rio, foram registrados mais quatro óbitos, elevando para 47 o número até agora. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, entre as vítimas estão um homem de 56 anos, morador de Niterói, que tinha hipertensão; uma mulher de 24 anos, moradora do Rio e que sofria de cirrose; um homem de 57 anos, morador do Rio, que tinha problemas cardíacos; e uma mulher de 26 anos, moradora de Nova Iguaçu, que tinha imunodepressão.

No Rio Grande do Sul, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde informou que mais nove pessoas morreram. O estado tem 93 óbitos. Em Santa Catarina, a Secretaria de Saúde registrou nesta sexta a 11ª morte por gripe suína. A vítima é um homem de 49 anos que vivia em Lindóia do Sul e estava internado no Hospital São Francisco, em Concórdia. Ele apresentou os primeiros sintomas no dia 28 de julho, foi internado no dia 5 de agosto e morreu na segunda-feira, 17 de agosto. No estado, já foram confirmados 199 casos da doença. São Paulo registrou outras 45 mortes.

Em Pequim, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, alertou nesta sexta-feira sobre a ocorrência de uma segunda e até terceira onda da pandemia e advertiu que o pior ainda pode estar por vir. Em mensagem de vídeo divulgada nesta sexta, Margaret avisa que, com a proximidade do inverno no Hemisfério Norte, a segunda onda da pandemia pode ocorrer. No Hemisfério Sul, a segunda fase está prevista para o ano que vem.

- Nesse período, as vacinas devem ficar prontas e as autoridades estarão mais preparadas - disse o infectologista Edimilson Migovski.

Justiça derruba liminar que prorrogava inscrições para o Enem


BRASÍLIA - O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiu nesta sexta-feira cassar a liminar que determinou a reabertura do ENEM. A pedido do Ministério Público Federal, a Justiça Federal no Rio de Janeiro havia decidido na quinta-feira pela reabertura das inscrições por questionar a exigência do número do CPF do estudante para que fosse efetuada o registro.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), com a cassação da liminar, o cronograma do exame será mantido. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de outubro.

Cerca de 4,5 milhões de estudantes se inscreveram para participar da edição 2009 do Enem. A prova está marcada para os dias 3 e 4 de outubro e será aplicada em 1.619 municípios. Este ano o Enem servirá como forma de ingresso em pelo menos 40 universidades federais que aderiram à proposta de unificação dos vestibulares do Ministério da Educação (MEC).

UM TEXTO PARA DESOPILAR


Opinião de um homem sobre o corpo feminino! Declaração de gênero sob a ótica masculina.

Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.
Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra..... Está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas.... Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.
Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura. A elegância e o bom trato são equivalentes a mil viagras.
A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas. Porque razões as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

É essa a lei da natureza... Que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês. Porque, nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher. Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.

As jovens são lindas... Mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado. O corpo muda... Cresce. Não podem pensar que, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa... Viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!

A beleza é tudo isto.

Paulo Coelho

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Agora a Revolução Cidadã é de todos

• Afirmou Rafael Correa na posse de um novo período de governo no Equador Envia um abraço a Fidel

• O presidente equatoriano, Rafael Correa, iniciou na segunda feira, 10 de agosto, seu mandato constitucional até 2013 com a vontade expressa de aprofundar a Revolução Cidadã e a prioridade a favor dos pobres, dos jovens e dos povos ancestrais.

Rafael Correa"A Revolução Cidadã chegou e agora é de todos", afirmou Correa no vibrante e improvisado discurso proferido ao concluir a cerimônia protocolar no salão plenário da Assembleia Nacional, onde marcaram presença os chefes de Estado participantes da Cúpula da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA).

O presidente de 46 anos, com 31 meses como governante depois de um amplo triunfo popular nas eleições de novembro de 2006, inicia na data do Bicentenário da Independência do Equador, uma nova etapa de quatro anos, ganha nas urnas, em abril passado.

Ao se referir à política internacional de seu governo, Correa destacou o apoio oferecido na Assembleia Geral da Organização de Estados Americanos (OEA) para a derrogação da infame resolução que excluiu Cuba em 1962 e pediu ao presidente cubano Raúl Castro fazer chegar um abraço a Fidel Castro e a todo o povo da Ilha.

Correa reiterou a exigência de que os usurpadores do poder em Honduras sejam expulsos e julgados, para reinstalar no seu cargo o legítimo presidente constitucional, Manuel Zelaya, presente na cerimônia.

Há poucos dias abandonou o solo equatoriano o último soldado estrangeiro que se encontrava no nosso território, assinalou Correa em relação à base estadunidense de Manta, e desse modo —acrescentou— recuperamos a soberania territorial que governos entreguistas cederam no passado.

Criticou duramente a decisão colombiana de permitir a instalação em seu território de sete bases militares com soldados dos Estados Unidos e disse que tomara isso não estimule a política guerrerista do governo de Bogotá e sirva não para combater o narcotráfico, senão os governos progressistas da região.

Rafael Correa conseguiu a reeleição sob um novo âmbito constitucional nas eleições de abril de 2009, depois que o povo dessa nação aprovou o projeto de uma renovada Carta Magna, em setembro de 2008. (PL) •

REFLEXÕES DE FIDEL

Uma causa

justa que defender e a esperança de ir para a frente

DURANTE as últimas semanas, o actual Presidente dos Estados Unidos da América se empenha em demonstrar que a crise vai cedendo como fruto dos seus esforços para encarar o grave problema que os Estados Unidos e o mundo herdaram do seu predecessor.

Quase todos os economistas fazem referência à crise económica que se iniciou em Outubro de 1929. A anterior havia sido nos fins do Século XIX. A tendência bastante generalizada nos políticos norte-americanos é a de acreditar que logo que os bancos disponham de suficientes dólares para fazer andar a maquinaria do aparelho produtivo, tudo marchará para um idílico e jamais sonhado mundo. As diferenças entre a chamada crise econômica dos anos 30 e a actual são muitas, porém apenas me limitar ei a uma das mais importantes.

Desde o fim da Primeira Guerra Mundial o dólar, baseado no padrão ouro, substituiu a libra esterlina inglesa devido às imensas somas de ouro que a Grã-Bretanha gastou na guerra. A grande crise econômica se produziu nos Estados Unidos da América apenas 12 anos depois daquela guerra.

Franklin D. Roosevelt, do Partido Democrata, venceu em boa medida ajudado pela crise, como Obama na crise actual. Continuando a teoria de Keynes, aquele injectou dinheiro na circulação, construiu obras públicas como estradas, represas e outras de inquestionável benefício, o que incrementou a despesa, a demanda de produtos, o emprego, e o PIB durante anos, mas não teve os fundos imprimindo notas. As obtinha com impostos e com parte do dinheiro depositado nos bancos. Vendia bónus dos Estados Unidos da América com juro garantido, que os faziam atractivos para os compradores.

O ouro, cujo preço em 1929 estava a 20 dólares a onça troy, Roosevelt o elevou a 35 como garantia interna das notas dos Estados Unidos da América.

Sobre a base dessa garantia em ouro físico, surgiu o Acordo de Bretton Woods em Julho de 1944, que outorgou ao poderoso país o privilégio de imprimir divisas convertíveis quando o resto do mundo estava arruinado. Os Estados Unidos possuíam mais de 80% do ouro do mundo.

Não necessito lembrar o que veio depois, desde as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, que acaba de completar 64 anos do genocídio — até o golpe de Estado em Honduras e as sete bases militares que o governo dos Estados Unidos se propõe instalar na Colômbia. O real é que em 1971, sob a administração de Nixon, o padrão ouro foi suprimido e a impressão ilimitada de dólares se tornou a maior estafa da humanidade. Em virtude do privilégio de Bretton Woods, Os Estados Unidos da América, ao eliminarem unilateralmente a convertibilidade, pagam com papéis os bens e serviços que adquirem no mundo. É certo que por dólares também oferece bens e serviços, mas também acontece que a partir da supressão do padrão ouro, a nota desse país, que era cotizada a 35 dólares a onça troy, tem perdido quase 30 vezes o seu valor e 48 vezes o que tinha em 1929. O resto do mundo tem sofrido as perdas, os seus recursos naturais o seu dinheiro tem custeado o rearmamento e financiado em grande parte as guerras do império. Baste assinalar que a quantidade de bónus fornecidos a outros países, conforme cálculos conservadores, ultrapassa a cifra de 3 milhões de milhões de dólares, e a dívida pública, que continua a crescer, ultrapassa a cifra de 11 milhões de milhões.

O império e os seus aliados capitalistas, ao mesmo tempo que concorrem entre eles, fizeram com que se acreditasse nas medidas anti-crise constituem as fórmulas salvadoras. Porém a Europa, a Rússia, o Japão, a Coréia, a China e a Índia não arrecadam fundos vendendo bónus do Tesouro nem imprimindo notas, senão aplicando outras fórmulas para defenderem as suas moedas e os seus mercados, às vezes com grande austeridade da sua população. A imensa maioria dos países em desenvolvimento da Ásia, da África e da América Latina é quem paga as conseqüências, fornecendo os recursos naturais não renováveis, o suor e as vidas.

O TLCAN é o mais claro exemplo do que pode acontecer com um país em desenvolvimento na boca do lobo: nem soluções para os imigrantes nos Estados Unidos, nem licença para viajar sem visto ao Canadá pôde obter o México na última Cimeira.

Adquire, contudo, plena vigência sob a crise o mais grande TLC a nível mundial: a Organização Mundial do Comércio, que cresceu sob as idéias triunfantes do neoliberalismo, em pleno auge das finanças mundiais e os sonhos idílicos.

Por outro lado, a BBC Mundo informou ontem, 11 de Agosto, que mil funcionários das Nações Unidas, reunidos em Bonn, Alemanha, declararam que procuram o caminho para um acordo sobre a mudança climática em Dezembro deste ano, mas que o tempo estava acabando.

Ivo de Boer, o funcionário de maior hierarquia das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, disse que apenas restavam 119 dias para a Cúpula e temos “uma enorme quantidade de interesses divergentes, pouco tempo de discussão, um documento complicado sobre a mesa (duzentas páginas) e problemas de financiamento…”

“As nações em desenvolvimento insistem em que a maior parte dos gases que produzem o efeito estufa são procedentes do mundo industrializado.”

O mundo em desenvolvimento alega a necessidade de ajuda financeira para lidar com os efeitos climáticos.

Ban Ki-moon, Secretário-geral das Nações Unidas, declarou que: “Se não tomamos medidas urgentes para combater as mudanças climáticas podemos levar o planeta à violência e aos distúrbios em massa.”

“A mudança climática intensificará as secas, as enchentes e outros desastres naturais.”

“A escassez de água afectará centenas de milhões de pessoas. A nutrição deficiente arrasará com grande parte dos países em desenvolvimento.”

Num artigo do The New York Times em 9 de agosto passado se explicava que: “Os analistas vêem na mudança climática uma ameaça para a segurança nacional.”

“Semelhantes crises – continua o artigo – provocadas pelo clima poderiam derrocar governos, estimular movimentos terroristas ou desestabilizar regiões completas, afirmam analistas do Pentágono e de agências de inteligência que pela primeira vez estão estudando as implicações da mudança climática na segurança nacional.”

“‘Torna-se muito complicado muito rapidamente’, disse Amanda J. Dory, secretária de Defesa Adjunta para a Estratégia, que trabalha com um grupo do Pentágono designado a incorporar a mudança climática no planejamento da estratégia nacional de segurança.”

Do artigo do The New York Times se deduz que ainda no Senado nem todos estão convencidos de que se trata de um problema real, ignorado totalmente até agora pelo governo dos Estados Unidos da América desde que foi aprovado há 10 anos em Kyoto.

Alguns falam de que a crise econômica é o fim do imperialismo; talvez haveria que analisar se não significa uma questão pior para a nossa espécie.

Sou da opinião que sempre será melhor ter uma causa justa que defender e a esperança de ir para a frente.

Fidel Castro Ruz

12 de agosto de 2009

(Extraído do CubaDebate)

Famílias mais poderosas de honduras financiaram golpe de Estados

CARACAS.— A pesquisadora da Universidade Nacional de Honduras Leticia Salomón afirmou que dez das famílias mia spoderosas de seu país finaciaram o golpe de Estado do passado 28 de junho contra o presidente legítimo e constitucional Manuel Zelaya.

O jornalista venezuelano José Vicente Rangel, durante a transmissão de sue programa dominical José Vicente Hoy, fez uma sinopse na qual Salomón informou que o golpe de foi planejado por um grupo empresarial liderado por Carlos Roberto Flores Facussé, ex-presidente de Honduras e dono do jornal La Tribuna.

Acrescentou que esse jornal, junto om os matutinos La Prensa e El Heraldo e os canais 2, 3, 4, 5 e 9; foram os pilares fundamentais do golpe de Estado.

"A história se repete: a mídia hondurenha, ao igual que a venezuelana durante 2002 e 2003, funcionam como ponta de lança contra a democracia e o direito fundamental", enfatizou Rangel. (ABN)

*FONTE

"Nos que aqui estamos por vós esperamos"


Com imagens de arquivos. extratos de documentários e de algumas obras clássicas do cinema, o filme faz uma retrospectiva das principais mudanças que marcaram o século XX, retratando tanto os personagens que entraram para história, como homens comuns que em seu cotidiano também fizeram a história desse século. Arte e guerra, sonho e realidade, vida e morte. Um aparente antagonismo que se funde para retratar o século XX, no contexto que se inicia com a Primeira Guerra Mundial. 95% das imagens são de arquivo: filmes antigos, fotos e material da TV. Não há locução, nem depoimentos orais. A sonorização é toda música de Wim Mertens, efeitos sonoros e silêncio.

Gênero: Documentário

Tempo de Duração: 72 min
Ano de Lançamento: 1998
Formato: AMV
Tamanho: 281.63 Mb


Download: AQUI


Aqui, uma palhinha do que vc verá nesse extraordinário documentário....

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Che - Guevara


O grande ícone da Revolução Cubana nasceu na Argentina, em 1928. Ernesto Guevara de la Serna era de família abastada. Pouco antes de se graduar em Medicina, abandonou tudo para fazer uma viagem de moto pela América Latina. Na Cidade do México conheceu os irmãos Raul e Fidel Castro. Juntou-se a eles e, em 1956, o grupo desembarca em Cuba. Che se transforma em um dos comandantes do Exército Revolucionário, que toma o poder em janeiro de 1959, ao derrotar as forças do ditador Fulgencio Batista. Manuseava a pena e a metralhadora com igual maestria.Depois de conhecer vários líderes mundiais, discursar na ONU e aproximar o seu país do bloco da Europa do Leste, decide "promover a revolução", como guerrilheiro em Angola e Congo, e depois, em 1966, parte para a Bolívia.Lá é emboscado pelo Exército boliviano e flagrado por um agente da CIA. É executado em 9 de outubro de 1967, aos 39 anos. É o que atesta um envelope que chegou anônimo para o escritor argentino Pacho O'Donnell. O envelope continha as fotos da agonia de Che nos seus últimos momentos no interior da Bolívia. O'Donnell afirma que uma das fotos, a que ele aparece logo depois de receber os disparos, acaba com a polêmica sobre a morte do Che. "Ele não morreu em confronto, foi assassinado". Diz também"A foto em que Che olha para cima tem toda sua mística. Ele sabe que vai morrer, mas não há rancor nem ódio. Há serenidade. Essa foto não deve nada às duas que construíram a imagem do mito, a que está espalhada em camisetas pelo mundo e a dele morto. Essa se junta a elas agora."Viva Che!

Pelo veto ao projeto de cibercrimes - Em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet Brasileira


ESTA PETIÇÂO AGORA É DIRECIONADA A CAMARA DOS DEPUTADOS - Na noite de 09/07 o Senado aprovou o projeto de forma velada, pegando a todos nós de surpresa. Desta forma temos de dar uma resposta á altura coletando o máximo de assinaturas possível dentre outras ações que estão sendo desenvolvidas. Não podemos desistir de exercer nosso direito á democracia.

To: Senado Brasileiro

EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRA

A Internet ampliou de forma inédita a comunicação humana, permitindo um avanço planetário na maneira de produzir, distribuir e consumir conhecimento, seja ele escrito, imagético ou sonoro. Construída colaborativamente, a rede é uma das maiores expressões da diversidade cultural e da criatividade social do século XX. Descentralizada, a Internet baseia-se na interatividade e na possibilidade de todos tornarem-se produtores e não apenas consumidores de informação, como impera ainda na era das mídias de massa. Na Internet, a liberdade de criação de conteúdos alimenta, e é alimentada, pela liberdade de criação de novos formatos midiáticos, de novos programas, de novas tecnologias, de novas redes sociais. A liberdade é a base da criação do conhecimento. E ela está na base do desenvolvimento e da sobrevivência da Internet.

A Internet é uma rede de redes, sempre em construção e coletiva. Ela é o palco de uma nova cultura humanista que coloca, pela primeira vez, a humanidade perante ela mesma ao oferecer oportunidades reais de comunicação entre os povos. E não falamos do futuro. Estamos falando do presente. Uma realidade com desigualdades regionais, mas planetária em seu crescimento.

O uso dos computadores e das redes são hoje incontornáveis, oferecendo oportunidades de trabalho, de educação e de lazer a milhares de brasileiros. Vejam o impacto das redes sociais, dos software livres, do e-mail, da Web, dos fóruns de discussão, dos telefones celulares cada vez mais integrados à Internet. O que vemos na rede é, efetivamente, troca, colaboração, sociabilidade, produção de informação, ebulição cultural. A Internet requalificou as práticas colaborativas, reunificou as artes e as ciências, superando uma divisão erguida no mundo mecânico da era industrial. A Internet representa, ainda que sempre em potência, a mais nova expressão da liberdade humana.

E nós brasileiros sabemos muito bem disso. A Internet oferece uma oportunidade ímpar a países periféricos e emergentes na nova sociedade da informação. Mesmo com todas as desigualdades sociais, nós, brasileiros, somo usuários criativos e expressivos na rede. Basta ver os números (IBOPE/NetRatikng): somos mais de 22 milhões de usuários, em crescimento a cada mês; somos os usuários que mais ficam on-line no mundo: mais de 22h em média por mês. E notem que as categorias que mais crescem são, justamente, "Educação e Carreira", ou seja, acesso à sites educacionais e profissionais. Devemos assim, estimular o uso e a democratização da Internet no Brasil. Necessitamos fazer crescer a rede, e não travá-la. Precisamos dar acesso a todos os brasileiros e estimulá-los a produzir conhecimento, cultura, e com isso poder melhorar suas condições de existência.

Um projeto de Lei do Senado brasileiro quer bloquear as práticas criativas e atacar a Internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral. O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à Internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo e a vigilância.


Se, como diz o projeto de lei, é crime "obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida", não podemos mais fazer nada na rede. O simples ato de acessar um site já seria um crime por "cópia sem pedir autorização" na memória "viva" (RAM) temporária do computador. Deveríamos considerar todos os browsers ilegais por criarem caches de páginas sem pedir autorização, e sem mesmo avisar aos mais comum dos usuários que eles estão copiando. Citar um trecho de uma matéria de um jornal ou outra publicação on-line em um blog, também seria crime. O projeto, se aprovado, colocaria a prática do "blogging" na ilegalidade, bem como as máquinas de busca, já que elas copiam trechos de sites e blogs sem pedir autorização de ninguém!

Se formos aplicar uma lei como essa as universidades, teríamos que considerar a ciência como uma atividade criminosa já que ela progride ao "transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado", "sem pedir a autorização dos autores" (citamos, mas não pedimos autorização aos autores para citá-los). Se levarmos o projeto de lei a sério, devemos nos perguntar como poderíamos pensar, criar e difundir conhecimento sem sermos criminosos.

O conhecimento só se dá de forma coletiva e compartilhada. Todo conhecimento se produz coletivamente: estimulado pelos livros que lemos, pelas palestras que assistimos, pelas idéias que nos foram dadas por nossos professores e amigos... Como podemos criar algo que não tenha, de uma forma ou de outra, surgido ou sido transferido por algum "dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular"?

Defendemos a liberdade, a inteligência e a troca livre e responsável. Não defendemos o plágio, a cópia indevida ou o roubo de obras. Defendemos a necessidade de garantir a liberdade de troca, o crescimento da criatividade e a expansão do conhecimento no Brasil. Experiências com Software Livres e Creative Commons já demonstraram que isso é possível. Devemos estimular a colaboração e enriquecimento cultural, não o plágio, o roubo e a cópia improdutiva e estagnante. E a Internet é um importante instrumento nesse sentido. Mas esse projeto coloca tudo no mesmo saco. Uso criativo, com respeito ao outro, passa, na Internet, a ser considerado crime. Projetos como esses prestam um desserviço à sociedade e à cultura brasileiras, travam o desenvolvimento humano e colocam o país definitivamente para debaixo do tapete da história da sociedade da informação no século XXI.

Por estas razões nós, abaixo assinados, pesquisadores e professores universitários apelamos aos congressistas brasileiros que rejeitem o projeto Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo ao projeto de Lei da Câmara 89/2003, e Projetos de Lei do Senado n. 137/2000, e n. 76/2000, pois atenta contra a liberdade, a criatividade, a privacidade e a disseminação de conhecimento na Internet brasileira.

André Lemos, Prof. Associado da Faculdade de Comunicação da UFBA, Pesquisador 1 do CNPq.

Sérgio Amadeu da Silveira, Prof. do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero, ativista do software livre.

João Carlos Rebello Caribé, Publicitário e Consultor de Negócios em Midias Sociais

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